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1 de outubro de 2007

Mauá não fazia empresas apenas porque gostava de trens ou lampiões; essas novidades eram apenas um instrumento para um outro fim, os lucros. Ele só tocava para a frente seus projetos após avaliar as possibilidades dos resultados financeiros e, depois de implantados, julgava seu valor pelas entradas no caixa. Hoje tal raciocínio é banal. Mas para muita gente da época, que pensava como o imperador [D. Pedro II], esse comportamento revelava o grave desvio de caráter de colocar os interesses materiais acima do bem comum. Numa ocasião, o próprio barão resumiu o problema: "Desgraçadamente entre nós entende-se que empresários devem perder, para que o negócio seja bom para o Estado, quando é justamente o contrário".

O trecho acima foi extraído do livro "Mauá, empresário do império" - de Jorge Caldeira. Discordando do autor, hoje em dia o raciocínio citado não é tão banal assim. A própria carga tributária brasileira imposta às pessoas jurídicas (e às físcas também) é a prova que desde o império a forma de pensar dos governantes brasileiros é exatamente a mesma. Não percebem que o sucesso do empresário vai gerar cada vez mais empregos, movimentar cada vez mais renda, criar mais trabalhos, dar mais oportunidades... amarrar-lhes as mãos com taxas e impostos, ao invés de melhorar, estraga o país. Melhoraria se o dinheiro arrecadado fosse bem aplicado, mas vemos que os governantes do Estado são todos incompetentes.

O povo apóia esse pensamento retrógrado expressando uma certa inveja dos que foram bem sucedidos, das pessoas determinadas e capazes de transformar seus projetos em sucesso.

Infelizmente não vemos um horizonte mais claro à frente.

Vale ressaltar que não sou contra taxação em prol do bom funcionamento do Estado. Mas não apóio abusos como é o caso da situação tributária vigente no Brasil.

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