O sentimento que tenho
é que sempre fui o coadjuvante.
Um coadjuvante atrevido,
que aproveitou a gripe do ator principal
pra tentar mostrar seu potencial.
Você, como um diretor dedicado
(ou seria necessitado)
com paciência, me moldou para o papel.
E eu, como um ator ambicioso,
fiz muito pra tentar lhe convecer que conseguiria.
Mesmo assim, tenho certeza que durante todo o ensaio
nesta semana que se passou, você pensava:
"por que aquele maldito ficou gripado?
aposto que esta cena ele faria melhor",
mesmo sem tê-lo visto atuar.
Na primeira cena em que assumi o posto
confesso que percebia essa indagação escrita no teu rosto
e eu sabia que passaria por isso.
Segurei firme.
Depois você entrou no jogo.
Eu me convenci que estava conquistando o papel.
Tenho certeza que minha atuação durante esta semana
lhe fez perceber vários detalhes importantes para a peça.
Detalhes que, quem sabe, você não perceberia com outro ator.
Ao fim da semana de ensaios me desanimei
com as responsabilidades de ser o ator principal.
Você, com certeza do meio da semana pra frente
deve ter ficado convencido que eu não era o cara pro papel.
Seria fidelidade pelo antigo ator?
Não duvido que ele se encaixe muito bem na peça,
só espero que ele tenha tomado bastante vitamina C.
Não gostaria de saber que foi em vão
esta semana de tanta dedicação pela peça.
Tenho certeza que você saberá adaptá-lo
às mudanças que ocorreram até então.
E eu? Estou contente com o papel de coadjuvante.
Afinal fui eu que pedi para retornar ao posto
(apesar de não saber da recuperação do principal).
Mas preciso dizer que as vezes sinto falta do
frio na barriga causado pelas falas do ator principal.
Não me sinto traído.
Nem um pouco.
Só sinto que nunca fui visto como ator principal,
mesmo tendo desempenhado o papel por certo tempo.
Uma espécie de impotência.
Cultura Politica Tecnologia
19 de agosto de 2006
Ator impotente
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Filipi
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12:02
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30 de julho de 2006
Acredito em ti
Como eu acredito em ti...
Sinto até medo que isto vire pressão,
mas não há outra pessoa que me dá liberdade para tanto.
Talvez é a tua pureza
misturada com a tua curiosidade
e a tua vontade "natural" de crescer.
Deposito toda minha confiança em ti
pra mudarmos toda essa lambança
do mundo em que acabaste de ser inserido.
Tenho muita vontade de pegar tua mão
e te guiar pelos caminhos tortuosos que estão na tua frente,
mas tenho medo de te corromper.
Acho que somente tu poderás
tomar as decisões que serão necessárias nas encruzilhadas.
E tenho certeza que tomarás as corretas.
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Filipi
às
16:03
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22 de julho de 2006
O ronco triste da moto do Batata pelas ruas de Barreiros me fazem lembrar de bons tempos, tempos que já parecem remotos e agora lacrados pela tua ida. Tempos já sem esperança de retornar.
As coisas acontecem sem que a gente consiga se preparar. Até que eu te veja novamente, tudo vai continuar como sempre. A única diferença é que precisarei aprender a conviver com a saudade. Mesmo assim, me conforta saber que todas as lembranças que te guardarão comigo são boas.
Lembranças das roubadas nos shows do Charlie Brown e de todas as tantas festinhas, dos papos no #clã-cbjr, acho que o início de tudo, que firmaram uma amizade única, presente. Lembranças das tardes de estudo, das provas do Nicanor, os papos do escrotoário. Daquele solo de guitarra que mais parecia um gato miando, a primeira gravação, um orgulho. Dos Cds do Made in Brazil, não tens idéia da mudança que isso causou na minha vida. Do desabafo sobre os rolos com as Loucurinhas, os contatos fechados por baixo do pano. Dos shows, festivais. Sua piranha bigoduda desgraçada (:D).
Tá dificil de assimilar. Pra mim as coisas continuam e vão continuar como sempre, meu lanche. Não vejo a hora de te reencontrar e te dar aquele abraço. Mas antes vou terminar umas coisinhas (como sempre, eu adiando as coisas boas por razões mesquinhas).
Chicane, don't give it up!
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Filipi
às
12:52
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25 de junho de 2006
24 de junho de 2006
No final tudo acabem bem.
As coisas não estão bem?
Pode ter certeza que ainda não chegou no final.
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Filipi
às
20:54
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16 de junho de 2006
Eis um trecho interessante do Kama Sutra de Mallanaga Watsyayana:
"As seguintes mulheres não devem ser desfrutadas:
- A leprosa
- A lunática
- A expulsa de sua casta
- A que revela segredos
- A que expressa publicamente o desejo de relações sexuais
- A muito branca
- A muito preta
- A que cheira mal
- A que é parente próxima
- A que é amiga
- A que leva vida de ascetismo
- A esposa de um conhecido, de um amigo, de um brâmane* culto, e do rei.
São os seguintes os gêneros de amigos:
- Aquele com quem se brincou na infância
- Aquele com quem se está ligado por um favor
- O que tem as mesmas inclinações e gosta das mesmas coisas
- O que é companheiro de estudos
- O que conhece nossos segredos e faltas, e cujos segredos e faltas também conhecemos
- O filho das amas
- Aquele que é criado junto conosco
- A amigo hereditário
- Dizer a verdade
- Não se modificarem com o tempo
- Serem favoraveis aos nossos objetivos
- Serem constantes
- Serem livres de cobiça
- Não serem influenciáveis
- Discretos
* - Sacerdote.
Não incluí o significado de Pithamardas, Vitas e Vidushakas nem quem são Babhravya, Gonikaputra e Charayana. Deve ser fácil encontrá-los na net. Perdoem-me, aumentaria muito o texto.
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Filipi
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02:48
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15 de junho de 2006
Caos
Eu gostava das borboletas
até saber que
quando elas batem as asas aqui
provocam uma tempestade nos
Estados Unidos.
Quão cruéis são as borboletas, não?
E o Chaves?
Cada vez que ele pisca
morre um chinês.
Dizem que o chaves morreu.
Talvez seja por isso que a China já tem
mais de um bilhão de habitantes.
Tento imaginar
o que será que acontecerá no mundo
cada vez que alguém ler
esta poesia...
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Filipi
às
19:04
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13 de junho de 2006
O MEU passado
Ontem eu cheirei uma flor
e ela fedia, como mato depois da chuva.
Me pergunto até agora, por que?
Caí no conto da carochinha.
Que idiota que sou!
Gosto das estrelas
com um pouco de rock n' roll,
bem passado.
Não de flores fedidas.
De que te importa
quantas colheres de açúcar ponho no café?
Meu passado sou eu quem vai montar,
porque só eu sei relembrá-lo.
Só a mim importa importa o que eu vivi.
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Filipi
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02:20
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11 de junho de 2006
Pá, Pá!
Nada mais frio que pólvora queimando.
Congela os sonhos, faz tremer, dói.
Não justifica nada, não resolve nada.
Imagine o peso de hostentar o estopim...
Deve doer os joelhos
e criar uma corcunda daquelas.
Será que é coragem?
Ou seria covardia?
Apatia? Desesperança?
Talvez o calor do inferno acalme,
aconchegue.
Será que é calor lá?
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Filipi
às
23:01
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4 de junho de 2006
Lástima? Esperança?
Minhas lágrimas caem como chuva
que irão umidecer o solo
onde há uma semente, uma pequenina semente
que germinará.
Porisso não tenho medo de chorar.
Que estas lástimas adubem o solo
e sirva de alimento a uma árvore.
E que esta árvore dê frutos
doces, corados e carnudos.
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Filipi
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22:30
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